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NOME

fts, fts_open, fts_read, fts_children, fts_set, fts_close — atravessa uma hierarquia de arquivos

SINOPSE

#include <sys/types.h>
#include <sys/stat.h>
#include <fts.h>

FTS *
fts_open(char * const *path_argv, int options, int (*compar)(const FTSENT **, const FTSENT **)) FTSENT * fts_read(FTS *ftsp) FTSENT * fts_children(FTS *ftsp, int options) int fts_set(FTS *ftsp, FTSENT *f, int options) int fts_close(FTS *ftsp)

DESCRIÇÃO

As funções fts são fornecidas para a travessia de hierarquias de arquivos UNIX. Uma visão geral simples é que a função fts_open() retorna um ’’manipulador’’ em uma hierarquia de arquivo, que é então fornecida para as outras funções fts. A função fts_read() retorna um ponteiro para uma estrutura que descreve um dos arquivos na hierarquia de arquivos. A função fts_children() retorna um ponteiro para uma lista ligada de estruturas, cada uma das quais descreve um dos arquivos contidos em um diretório na hierarquia. Em geral, diretórios são visitados em dois momentos distinguíveis: em pré-ordem (antes que qualquer um dos seus descendentes sejam visitados) e em pós-ordem (depois que todos os seus descendentes foram visitados). Arquivos são visitados uma vez. É possível caminhar pela hierarquia ’’logicamente’’ (ignorando ligações simbólicas) ou fisicamente (visitando ligações simbólicas), ordenar o caminho da hierarquia ou podar e/ou re-visitar porções da hierarquia.

Duas estruturas são definidas (inclusive via ’typedef’) no arquivo de inclusão ⟨ fts.h⟩ . A primeira é FTS, a estrutura que representa a própria hierarquia de arquivo. A segunda é FTSENT, a estrutura que representa um arquivo em uma hierarquia de arquivos. Normalmente, uma estrutura FTSENT é retornada para qualquer arquivo na hierarquia. Nesta página de manual, ’’file’’ e ’’FTSENT structure’’ geralmente são intercambiáveis. A estrutura FTSENT contém pelo menos os seguintes campos, que são descritos em maiores detalhes abaixo:

typedef struct _ftsent {

u_short fts_info;

/* flags para a estrutura FTSENT */

char *fts_accpath;

/* caminho de acesso */

char *fts_path;

/* caminho raiz */

short fts_pathlen;

/* strlen(fts_path) */

char *fts_name;

/* nome do arquivo */

short fts_namelen;

/* strlen(fts_name) */

short fts_level;

/* profundidade (−1 a N) */

int fts_errno;

/* errno do arquivo */

long fts_number;

/* valor numérico local */

void *fts_pointer;

/* valor do endereço local */

struct ftsent *fts_parent;

/* diretório pai */

struct ftsent *fts_link;

/* estrutura do próximo arquivo */

struct ftsent *fts_cycle;

/* estrutura de ciclo */

struct stat *fts_statp;

/* informação de stat(2) */

} FTSENT;

Estes campos são definidos como segue:

fts_info

Uma das seguintes flags que descrevem a estrutura FTSENT retornada, e o arquivo que ela representa. Com exceção dos diretórios sem erros (FTS_D), todas estas entradas são terminais, ou seja, elas não serão re-visitadas, nem qualquer dos seus descendentes serão visitados.

FTS_D

Um diretório sendo visitado em pré-ordem.

FTS_DC

Um diretório que causa um ciclo na árvore. (O campo fts_cycle da estrutura FTSENT será preenchida também.)

FTS_DEFAULT

Qualquer estrutura FTSENT que representa um tipo de arquivo não descrito explicitamente por um dos outros valores fts_info.

FTS_DNR

Um diretório que não pode ser lido. Este é um retorno de erro, e o campo fts_errno será setado para indicar o que causou o erro.

FTS_DOT

Um arquivo denominado ’.’ ou ’..’ que não foi especificado como um nome de arquivo para fts_open() (veja FTS_SEEDOT).

FTS_DP

Um diretório sendo visitado em pós-ordem. Os conteúdos da estrutura FTSENT serão imutáveis a partir de quando ele foi retornado em pré-ordem, isto é, com o campo fts_info setado em FTS_D.

FTS_ERR

Este é um retorno de erro, e o campo fts_errno será setado para indicar o que causou o erro.

FTS_F

Um arquivo regular.

FTS_NS

Um arquivo para o qual nenhuma informação stat(2) estava disponível. O conteúdo do campo fts_statp é indefinido. Este é um retorno de erro, e o campo fts_errno será setado para indicar o que causou o erro.

FTS_NSOK

Um arquivo para o qual nenhuma informação stat(2) foi requisitada. O conteúdo do campo fts_statp é indefinido.

FTS_SL

Uma ligação simbólica.

FTS_SLNONE

Uma ligação simbólica com um alvo não-existente. O conteúdo do campo fts_statp referencia a informação característica do arquivo para a própria ligação simbólica.

fts_accpath

Um caminho para acessar o arquivo a partir do diretório corrente.

fts_path

O caminho para o arquivo em relação à raiz da travessia. Este caminho é aquele especificado para fts_open() como um prefixo.

fts_pathlen

O comprimento da string referenciada por fts_path.

fts_name

O nome do arquivo.

fts_namelen

O comprimento da string referenciada por fts_name.

fts_level

A profundidade da travessia, numerado de −1 a N, onde este arquivo foi encontrado. A estrutura FTSENT que representa o pai do ponto inicial (ou raiz) da travessia é numerada com −1, e a estrutura FTSENT para a própria raiz é numerada com 0.

fts_errno

Ao retornar de uma estrutura FTSENT das funções fts_children() ou fts_read() , com seus campos fts_info setados para FTS_DNR, FTS_ERR ou FTS_NS, o campo fts_errno contém o valor da variável externa errno especificando a causa do erro. Caso contrário, o conteúdo do campo fts_errno é indefinido.

fts_number

Este campo é fornecido para o uso do programa de aplicação e não é modificado pelas funções fts. É inicializado com 0.

fts_pointer

Este campo é fornecido para o uso de programas aplicativos e não é modificado pelas funções fts. Ele é inicializado com NULL.

fts_parent

Um ponteiro para uma estrutura FTSENT que referencia o arquivo na hierarquia imediatamente acima do arquivo corrente, isto é, o diretório do qual este arquivo é membro. Uma estrutura-pai para o ponto de entrada inicial também é fornecido, porém somente os campos fts_level, fts_number e fts_pointer são garantidamente inicializados.

fts_link

Ao retornar da função fts_children() , o campo fts_link aponta para a próxima estrutura na lista ligada terminada em NULL dos membros do diretório. Caso contrário, o conteúdo do campo fts_link é indefinido.

fts_cycle

Se um diretório produz um ciclo na hierarquia (veja FTS_DC) por causa de uma ligação sólida entre dois diretórios ou por causa de uma ligação simbólica apontando para um diretório, o campo fts_cycle da estrutura apontará para a estrutura FTSENT na hierarquia que referencia o mesmo arquivo que a estrutura FTSENT corrente. Caso contrário, o conteúdo do campo fts_cycle é indefinido.

fts_statp

Um ponteiro para informações stat(2) para o arquivo.

Um buffer simples é usado para todos os caminhos de todos os arquivos na hierarquia de arquivos. Portanto, os campos fts_path e fts_accpath são garantidamente terminados em NULLsomente no arquivo retornado mais recentemente por fts_read(). Para usar estes campos para referenciar qualquer arquivo representado por outras estruturas FTSENT, será necessário que o buffer de caminho seja modificado usando informações contidas no campo information contained in that fts_pathlen daquela estrutura FTSENT. Quaisquer modificações deste tipo devem ser desfeitas antes que chamadas adicionais a fts_read() sejam tentadas. O campo fts_name é sempre terminado em NULL Ns.

FTS_OPEN

A função fts_open() pega um ponteiro para uma matriz de ponteiros de caracteres, que nomeia um ou mais caminhos criando uma hierarquia lógica de arquivos a ser atravessada. A matriz precisa ser terminada com um ponteiro NULL.

Há um grande número de opções, pelo menos uma das quais ( FTS_LOGICAL ou FTS_PHYSICAL) precisa ser especificada. As opções são selecionadas ou estão selecionando pelos seguintes valores:

FTS_COMFOLLOW

Esta opção faz com que qualquer ligação simbólica especificada como um caminho raiz seja seguido imediatamente, ou não, se FTS_LOGICAL é especificado também.

FTS_LOGICAL

Esta opção faz com que as rotinas fts retornem estruturas FTSENT para os alvos das ligações simbólicas, em vez das próprias ligações. Se esta opção é setada, as únicas ligações simbólicas para que as estruturas FTSENT sejam retornadas para a aplicação são aquelas que referenciam arquivos não existentes. Tanto FTS_LOGICAL quanto FTS_PHYSICAL precisam ser fornecidos para a função fts_open.()

FTS_NOCHDIR

Como uma otimização de performance, as funções fts mudam diretórios conforme eles caminham na hierarquia de arquivos. Isto tem um efeito colateral de que um aplicativo não pode confiar em ser um diretório particular qualquer durante a travessia. A opção FTS_NOCHDIR desativa esta otimização, e as funções fts não mudarão o diretório corrente. Note que os aplicativos não devem, por eles próprios, alterar seus diretórios correntes e tentar acessar arquivos a menos que FTS_NOCHDIR seja especificado e os caminhos de arquivos absolutos foram fornecidos como argumentos para fts_open().

FTS_NOSTAT

Por padrão, estruturas FTSENT retornadas referenciam informações características de arquivo ( o campo statp ) para cadas arquivo visitado. Esta opção relaxa aqueles requisitos como uma otimização de performance, permitindo que as funções fts setem o campo fts_info para FTS_NSOK e deixem o conteúdo do campo statp indefinido.

FTS_PHYSICAL

Esta rotina faz com que as rotinas fts retornem estruturas FTSENT para as próprias ligações simbólicas, em vez dos arquivos-alvo para os quais eles apontam. Se esta opção é setada, as estruturas FTSENT para todas as ligações simbólicas na hierarquia são retornadas para o aplicativo. FTS_LOGICAL ou FTS_PHYSICAL deve ser fornecido para a função fts_open.()

FTS_SEEDOT

Por padrão, a menos que sejam especificados como argumentos de caminho para fts_open(), quaisquer arquivos com nome ’.’ ou ’..’ encontrados na hierarquia de arquivos são ignorados. Esta opção faz com que as rotinas fts retornem FTSENT para eles.

FTS_XDEV

Esta opção evita que fts desça para diretórios que tenham um número de dispositivo diferente do arquivo da qual o descendente começa.

O argumento compar() especifica uma função definida pelo usuário que pode ser usada para ordenar a travessia da hierarquia. Ele pega dois ponteiros de ponteiros para estruturas FTSENT como a argumentos e deve retornar um valor negativo, zero ou um valor positivo para indicar se o arquivo referenciado pelo seu primeiro argumento vem antes, em qualquer ordem, ou depois do arquivo referenciado pelo seu segundo argumento. Os campos fts_accpath, fts_path e fts_pathlen das estruturas FTSENT nunca podem ser usados nesta comparação. Se o campo fts_info é setado para FTS_NS ou FTS_NSOK, o campo fts_statp não pode ser usado. Se o argumento compar() é NULL, a ordem de travessia do diretório está na ordem listada em path_argv para os caminhos da raiz, e na ordem listada no diretório para todos os demais.

FTS_READ

A função fts_read() retorna um ponteiro para uma estrutura FTSENT descrevendo um arquivo na hierarquia. Diretórios (que são legíveis e não causam ciclos) são visitados pelos menos duas vezes, uma vez em pré-ordem e uma vez em pós-ordem. Todos os outros arquivos são visitados pelo menos uma vez. (Ligações fixas entre diretórios que não provocam ciclos, ou ligações simbólicas para ligações simbólicas podem fazer com que arquivos sejam visitados mais de uma vez, ou diretórios sejam visitados mais de duas vezes.)

Se todos os membros da hierarquia foram retornados, fts_read() retorna NULL e seta a variável externa errno para 0. Se ocorre um erro não relacionado a um arquivo na hierarquia, fts_read() retorna NULL e seta errno adequadamente. Se ocorre um erro relacionado a um arquivo retornado, é retornado um ponteiro para uma estrutura FTSENT , e errno pode ou não ter sido setado (veja fts_info).

As estruturas FTSENT retornadas por fts_read() podem ser sobreescritas depois de uma chamada a fts_close() no mesmo fluxo de hierarquia de arquivo, ou, depois de uma chamada a fts_read() no mesmo fluxo de hierarquia de arquivo, a menos que eles representem um arquivo do tipo diretório, em cujo caso eles não serão sobreescritos até que seja feita uma chamada a fts_read() depois que uma estrutura FTSENT tenha sido retornada pela função fts_read() em pós-ordem.

FTS_CHILDREN

A função fts_children() retorna um ponteiro para uma estrutura FTSENT descrevendo a primeira entrada em uma lista ligada, terminada em NULL, dos arquivos no diretório representado pela estrutura FTSENT mais recentemente retornada por fts_read(). A lista é ligada através do campo fts_link da estrutura FTSENT , e é ordenada pela função de comparação especificada pelo usuário, se houver. Chamadas repetidas a fts_children() recriará esta lista ligada.

Como um caso especial, se fts_read() ainda não foi chamado para uma hierarquia, fts_children() retornará um ponteiro para os arquivos no diretório lógico especificado para fts_open(), isto é, os argumentos especificados para fts_open(). Caso contrário, se a estrutura FTSENT retornada mais recentemente por fts_read() não é um diretório sendo visitado em pré-ordem, ou o diretório não contém nenhum arquivo, fts_children() retorna NULL e seta errno para zero. Se ocorre um erro, fts_children() retorna NULL e seta errno adequadamente.

As estruturas FTSENT retornadas por fts_children() podem ser sobreescritas depois de uma chamada a fts_children(), fts_close() ou fts_read() no mesmo fluxo de hierarquia de arquivos.

Option pode ser setado para os seguintes valores:

FTS_NAMEONLY

Somente os nomes dos arquivos são necessários. Os conteúdos de todos os campos na lista ligada de estruturas retornada são indefinidas com exceção dos campos fts_name e fts_namelen.

FTS_SET

A função fts_set() permite que a aplicação do usuário determine um processamento adicional para o arquivo f do fluxo ftsp. A função fts_set() retorna 0 em caso de sucesso, e −1 se ocorre um erro. Option precisa ser setado para um dos seguintes valores:

FTS_AGAIN

Revisita o arquivo; qualquer tipo de arquivo pode ser revisitado. A próxima chamada a fts_read() retornará o arquivo referenciado. Os campos fts_stat e fts_info da estrutura serão reiniciados naquele momento, mas nenhum outro campo será alterado. Esta opção é significativa somente para o arquivo mais recentemente retornado de fts_read(). Uso normal é para visitas a diretórios em pós-ordem, onde faz com que o diretório seja revisitado (tanto em pré-ordem quanto em pós-ordem) junto com todos os seus descendentes.

FTS_FOLLOW

O arquivo referenciado precisa ser uma ligação simbólica. Se o arquivo referenciado é o mais recentemente retornado por fts_read(), a próxima chamada a fts_read() retorna o arquivo com os campos fts_info e fts_statp reinicializados para refletir o alvo das ligações simbólicas em vez da própria ligação simbólica. Se o arquivo é um daqueles mais recentemente retornados por fts_children(), os campos fts_info e fts_statp da estrutura, quando retornados por fts_read(), refletirão o alvo da ligação simbólica em vez da própria ligação simbólica. Neste caso, se o alvo da ligação simbólica não existe, os campos da estrutura retornada não serão alterados e o campo fts_info será setado para FTS_SLNONE.

Se o alvo da ligação é um diretório, é feito um retorno de pré-ordem, seguido pelo retorno de todos os seus descendentes, seguido por um retorno de pós-ordem.

FTS_SKIP

Nenhum descendente deste arquivo é visitado. O arquivo pode ser um daqueles mais recentemente retornados por fts_children() ou fts_read().

FTS_CLOSE

A função fts_close() fecha um fluxo de hierarquia de arquivo ftsp e recupera o diretório corrente para o diretório do qual fts_open() foi chamado para abrir ftsp. A função fts_close() retorna 0 em caso de sucesso, e −1 se ocorre um erro.

ERROS

A função fts_open() pode falhar e setar errno para qualquer um dos erros especificados para as funções de biblioteca open(2) e malloc(3).

A função fts_close() pode falhar e setar errno para qualquer um dos erros especificados para as funções de biblioteca chdir(2) e close(2).

As funções fts_read() e fts_children() podem falhar e setar errno para qualquer um dos erros especificados para as funções de biblioteca chdir(2), malloc(3), opendir(3), readdir(3) e stat(2).

Além disso, fts_children(), fts_open() e fts_set() podem falhar e setar errno como segue:

[EINVAL]

As opções eram inválidas.

VEJA TAMBÉM

find(1), chdir(2), stat(2), qsort(3)

PADRÕES

BSD 4.4. Espera-se que o utilitário fts seja incluído em uma futura revisão de

DISPONIBILIDADE

Estas funções estão disponíveis em Linux desde a glibc2 (libc6). RUBENS DE JESUS NOGUEIRA <darkseid99 [AT] usa.net> (tradução) XXXXXX XX XXXXX XXXXXXXX <xxxxxxxxxx [AT] xxx.xxx> (revisão)